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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Peterhof Palace - St. Petersburg



Peterhof Palace, St. Petersburg, Russia.

História
Quando Pedro, o Grande decidiu erigir São Petersburgo no extremo oriental do Golfo da Finlândia, começou por tomar a Ilha de Kotlin aos Suecos em 1703, a qual era claramente visível a partir de Peterhof, situada no meio do golfo, a Nordeste. Na ilha de Kotlin o monarca construiria o porto comercial de São Petersburgo, tal como as fortificações de Kronstadt, ao longo de uma linha de 20 quilômetros de mar superficial, para defender a marinha que ele formaria.

As primeiras menções de Pedro, o Grande, a Peterhof encontram-se no seu diário, com data de 1705, durante a Grande Guerra do Norte, referindo-se a ele como um bom local de construção de um pouso para usar nas viagens de e para a fortaleza insular de Kronstadt. Em 1714, Pedro começou a construção, no que viria a ser o parque de Peterhof, do palácio de Monplaisir (meu prazer), baseado nos seus próprios esboços. Este foi o Palácio de Verão que Pedro usaria nas suas viagens entre a Europa e o porto marítimo de Kronstadt. Nas paredes deste seu palácio litoral encontram-se suspensas centenas de pinturas que Pedro trouxe da Europa, e que resistiram aos frios Invernos russos, juntamente com a umidade própria da proximidade do mar.

Na esquina de Monplaisir virada ao mar, Pedro instalou o seu Estúdio Marítimo e mais tarde, ampliou os seus planos, incluindo um vasto conjunto de palácios e jardins, seguindo o modelo do Palácio de Versailles. Os palácios e jardins de Petrodvorets foram aumentados por cada um dos Czares que sucederam Pedro, mas a maior parte das contribuições foram concluídas por ele mesmo por volta de 1725.

Peterhof, originalmente, tinha uma aparência bastante diferente da atual. Muitas das fontes ainda não haviam sido instaladas. Nem o Parque de Alexandre nem os Jardins Superiores existiam (o último era usado para o cultivo de vegetais e os seus tanques como viveiros de peixe. A Fonte de Sansão e o seu maciço pedestal ainda não fora instalado no Canal Marítimo e o próprio canal era usado como uma grande marina que entrava pelo complexo. Do mesmo modo, a Grande Cascata estava mais esparsamente decorada na sua traça original.

Isabel da Rússia, a filha e sucessora de Pedro, o Grande, também se instalou em Peterhof, onde encarregou o arquiteto italiano Bartolomeo Rastrelli de proceder a várias obras de ampliação, sendo as mais notáveis as empreendidas no Bolsoi Palaty (Grande Palácio), em resposta ao desejo de Isabel por um palácio mais adequado às exigências de representação da Corte. Depois de concluidas as obras, o palácio estava apto para acolher a Imperatriz Isabel, os hóspedes das suas memoráveis festas e os intelectuais do seu salão, como o historiador Tatiscev, o poeta Kantemir, ou o escritor e cientista Lomonosov, o fundador da Universidade de Moscovo.

Outra das Imperatrizes da Rússia a passar por Peterhof foi Catarina II, cujas festas, espectáculos pirotécnicos conversas eruditas com a nata da inteligentzia europeia, além do já conhecido desfile de amantes, alegraram as suas permanências no palácio.

Ao longo do século XIX Peterhof continuou a ser residência Imperial, tendo assistido à construção do Neogótico Parque de Alexandria, onde se ergue o pavilhão de Nicolau I e uma capela mandada construir por ele. Neste século foram ainda ampliadas fontes já existentes e construídas outras novas.

No século XX Peterhof sofreu gravíssimos danos, que pareciam irreparáveis, durante a Segunda Guerra Mundial. Quando se iniciou o conflito houve uma tentativa de evacuar as obras de arte e enterrar as esculturas e os empregados conseguiram salvar apenas uma parte dos tesouros dos palácios e fontese somente três quartos das esculturas das fontes, incluindo todas as maiores, permaneceram no lugar. Apesar de todos os esforços, nada impediu que as tropas nazistas se instalassem em Peterhof em Setembro de 1941, onde permaneceram até Janeiro de 1944 e de onde prepararam o longo cerco a Leningrado. As forças ocupantes do exército alemão provocaram grandes destruições, especialmente depois do fim do Cerco a Leningrado: foram derrubadas árvores centenárias nos dois parques; o Grande Palácio foi pilhado e incendiado; A Grande Cascata foi pelos ares; os Pavilhões de Marly, Monplaisir e Ermitage ficaram semidestruídos; fontes e cascatas quase desapareceram, e as esculturas que sobreviveram foram levadas para a Alemanha. Na realidade, foi muito pouco o que restou. Felizmente, pouco depois do fim da guerra foi iniciado um minucioso programa de restauro que conseguiu restituir ao conjunto o seu aspecto primitivo.

Em 1944, o nome foi mudado para Petrodvorets (Palácio de Pedro), como resultado do sentimento anti-germânico e por motivos de propaganda, mas o nome original acabou por ser reposto em 1997, pelo governo da Rússia pós-soviética.

Em 2003, São Petersburgo celebrou o seu 300º aniversário. Como resultado, grande parte do edifício e da estatuária foi restaurada e abundam os novos trabalhos em talha dourada.

Fonte: http://michelechristine.wordpress.com/a-arquitetura/palacio-de-peterhof/

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